Monday, November 13, 2006


7. Crónica

Drunk any night - Well i'm beginning to see the light

Cheguei a casa e tinha uma roldana.
Cheguei a casa bêbeda que nem um cacho - e ninguém poderá imaginar quanto tempo
tardei realmente em escrever este texto, corrigir os seus erros, e avançar com
o pensamento -
bêbeda que nem um cacho e tinha uma roldana na cozinha.

Cheguei a casa bêbeda que nem um cacho e, sem recorrer ao copy&paste, escrevi
isto três vezes.

Bêbeda e tensa e no anonimato da blogosfera, repeti-o até à exaustão, da mesma
forma que os meus ouvidos me bombardearam numa espécie de eco vazio a música da
noite as más músicas, primeiro velvet, depois, no carro a caminho de casa.

não é um vazio absoluto mas disso se aproxima - toda esta distância marcada por
ausências forçadas e orgasmos contidos que só me apetece gritar -

AIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII!!!!

como gritei no carro a caminho de casa enquanto relembrava as tuas mãos em todo
o lado no meio das lâmpadas e passagens de peões e todo o suor quente que me
marcou esta noite.
E a dificuldade

A DIFICULDADE, SENHORES!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

De manter a compostura e a tua boca fora do sítio onde hoje esteve e lhe soube
tão bem ficar.

Encontrei-te à saída da casa de banho e no meio do calor puxei-te pelo cinto das
calças. Não ofereceste qualquer tipo de resistência
fosse pelo álcool comum ou por andares há tempos a desejar-me.

Enrolámos-nos num canto com a sofreguidão mal contida de beijos engolidos e
toques suspirados das noites molhadas em separado. Era uma vontade imensa de
desejos atrasados e mútuas masturbações conseguidas eventualmente em uníssono,
durante todos os meses que se arrastaram até hoje.
O toque dos teus mamilos arrepiou os meus e condescendeu o teu nariz nos meus
cabelos aquecendo-me a orelha, o pescoço e o suor entre os seios. Prosseguimos
pelo fumo da casa de banho adentro onde nos fechámos e me levantaste o vestido
até onde deu e com a
boca me descobriste a pele os pelos e o sabor do sal da língua por onde me
deixei vir. Escorri até ti e pelo teu olhar alucinado mais surpreendido percebi
que tudo aquilo te tinha dado enorme prazer pelo que te beijei prolongadamente e
sem cuecas te devolvi as palavras
da próxima vez que me masturbar vou pensar em ti.

6 Comments:

Anonymous Anonymous said...

linda!

2:04 PM  
Blogger Paula Lopes said...

Gostei... e n digo mais!

4:12 AM  
Anonymous Anonymous said...

grrrrrrr.. hmmmmmmm... sim

8:02 AM  
Anonymous Anonymous said...

não posso deixar de pensar em quem escreve isto...gosto imenso de imaginar que há pessoas a masturbarem-se à minha conta.

2:33 AM  
Anonymous Anonymous said...

não és tu. jamais me iria inspirar (quanto mais masturbar) num gajo convencido.

10:12 AM  
Anonymous Anonymous said...

pois, mas é uma anónima...convencida!

6:54 PM  

Post a Comment

<< Home

Free Web Site Counter
Web Site Counter