Sunday, October 01, 2006


5. Crónica

Depois de irmos até um bar beber um copo, fomos já tarde, para um outro bar com pista de dança com muito bom som para curtir o resto da noite. Éramos cerca de oito ou nove, não sei bem. Lá dentro estava calor, suávamos e o ar denso cheio de fumo de tabaco era quente. Estávamos todos um pouco bêbados e a curiosidade entre todos era grande, e que um cruzamento de atracões acabou por restringir o grupo a apenas quatro elementos, sendo este: dois rapazes e duas raparigas. Todos tínhamos interesse por alguém em particular neste novo grupo, embora nem todos estávamos em sintonia. O que é certo é que eu e ela estávamos. A forma como ela dançava ao som dos Interpol, dos Bloc Party ou dos Yeah Yeah Yeahs deixava-me extremamente excitado, aproveitando eu ao máximo todos os momentos para lhe tocar enquanto dançávamos. Pequenos toques, por vezes num seio, outras vezes nas costas mas que me davam um prazer enorme e que me estavam a aproximar cada vez mais do seu corpo. Enquanto isso éramos ambos seduzidos por o outro rapaz e a rapariga morena que fechava este novo e pequeno grupo que se tinha afastado dos outros. Eu era seduzido por ele enquanto que a rapariga seduzia-a e tentava, quando possível dar pequenos toques na mesma rapariga loira que eu. Quando tocava o último single dos the strokes e a musica atingia o seu êxtase, no meio dos encontrões um desconhecido entornou cerveja no meu braço. Olhei para o braço e imediatamente fui lambido no braço pela miúda morena e logo de seguida por ela. Uma lambidela daquelas que se dá nos gelados, com a língua bem de fora! De seguida entornamos propositadamente cerveja nos braços uns dos outros só para nos podermos lamber uns aos outros. O ambiente estava sem dúvida a ficar mais quente e todos nós desinibiamos-nos cada vez mais à medida que bebíamos mais uma cerveja, a par de um som que tocava agora New Order. Já tinha os boxers molhados de toda aquela situação, e não consegui tirar os olhos daquele corpo, daqueles seios que apenas via a nu um pouco através do ligeiro decote. O calor lá dentro era cada vez mais e eu transpirava imenso. Escorria suor pela minha testa, e que ela passando a mão pela testa percorreu toda a minha face até a abandonar depois de uma passagem nos meus lábios que me fez provar o sabor salgado do meu suor. Durante aqueles segundos o prazer foi fantástico, uma carícia que me deu prazer como muitas fodas juntas não deram, o que não sei se foi o álcool que me faz acreditar nisso, o que sei é que me lembro perfeitamente da forma como me olhava quando me tocava e de sentir a água da testa molhar toda a minha face. A minha vontade era agarrar nela e leva-la para a casa de banho e apalpa-la toda, mas aquele jogo de sedução estava a dar-me outro tipo de prazer, o prazer de ser seduzido e de seduzir, de querer aproximar-me mas com uma calma enorme, passando de um subtil toque no seio para um ligeiramente mais ousado, um em que sinta o seu mamilo duro, ou um toque na perna que mais tarde evolui para um encostar das costas da mão no seu sexo. Sei é que não queria que o DJ parasse de colocar aquelas músicas que nos faziam vibrar. A outra miúda era bem mais ousada nos toques! Lembro-me de ela, enquanto lhe sussurrava ao ouvido discretamente lhe agarrar o seio em toda a sua totalidade apertando-o firmemente, e de como ela semicerrou os olhos como que engolindo um leve gemido de prazer. Excitou-me imenso a imagem de elas as duas a comerem-se ali mesmo, mas aquele foi o gesto mais ousado. Apalpei a miúda morena e com essa sim fui bem mais ousado. Apalpei-lhe o sexo com violência e embora usasse jeans senti-a molhada, e acho que aqueles dois ou três segundos em que a toquei foram suficientes para a fazer vir ali no meio de toda aquela gente. Quanto a mim, prolonguei aquela dor, não me queria vir para poder gozar daquela dor, daquela ansiedade que eu não queria que acabasse. Queria que a noite continuasse só com aquelas subtis descobertas do corpo daquela miúda loira que me excitava tremendamente. Tocaram mais musicas e apesar de a possibilidade de usar a casa de banho para me masturbar ou arranjar alguém para o fazer serem uma opção, continuei com aquela dor a dançar todas as músicas e já não tenho bem a certeza se a noite acabou ou se alguma vez a dor chegou a passar.
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